Mãe, pai e filhos.

No livro de Stephen R. Covey, em Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes, nos fala de como podemos adquirir hábitos, comportamentos, crenças a partir de como a percepção se forma e como ela determina a maneira de como vemos as coisas, e a maneira de como a vemos determina nosso comportamento. O título do texto se chama “Mãe, pai e filho” devido Covey iniciar uma pesquisa sobre o trabalho que realizava na época em que coincidia um desafio a ser ultrapassado com seu filho, visto que este não estava se destacando num determinado esporte e todos costumavam zoar com a criança devido o tal não destaque.  Covey diz no livro que quanto mais ele e sua esposa defendiam o filho das pessoas que o zoavam ou quando ele errava alguma jogada, estavam reforçando um comportamento diferente ao que tentavam passar. Ele até frisou que de fato estavam emitindo a mensagem ao filho de “você não é capaz. Você precisa ser protegido”. Estes pais (Covey e Sandra) perceberam que se quisessem mudar a situação, primeiro precisavam mudar a eles mesmos. Mas, que para mudar efetivamente o modo de ser, precisavam mudar a percepção deles. O que este autor nos ensina é que de fato educar e mostrar aos filhos o que eles precisam idealizar vem a partir daquilo que mostramos a eles. A percepção da criança precisava ser trabalhada e mudada a partir da percepção de seus pais. Logo, que se “experimenta o verdadeiro sucesso e a felicidade duradoura quando aprendem a integrar este princípios a seu caráter básico”. 

Para sermos exemplos como pais e ensinar, não precisamos projetar nesses filhos as nossas idealizações, mas respeitar este indivíduo como único, com seus talentos e capacidades que podem ser diferentes das nossas. Covey diz no livro que quando ele e Sandra decidiram abrir caminho ao filho para manifestação de sua personalidade, viram que seu papel natural era colaborar para afirmação daquela criança, felicidade e valorização. Diz que seu filho passou por desafios conflitantes a ele, mas que perduraram na certeza de que ele iria descobrir seu potencial, visto que foi exatamente o que foi acontecendo aos longo dos meses seguintes.

Perseverança e certeza. Temos que acreditar que as crianças podem descobrir isso, mas não estarão sozinhas. Nós pais estaremos afirmando aos nossos filhos, de maneira velada, que eles são capazes de se tornarem socialmente aceitos, academicamente ou atleticamente, conforme suas buscas. A mensagem velada que ambos passavam ao filho era “você não precisa ser protegido, você pode se defender sozinho”.

Vale a pena tentar. Tenha fé.

Vanessa Moura – terapeuta.